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MULHER QUER DANÇAR, NINGUÉM PODE PRENDER

Por Bruna Mello part. Kalor Pacheco

“A mulher que quer dançar, ninguém pode prender” fala sobre como o corpo feminino é constante alvo de restrições e julgamentos por parte do restante da sociedade. Dentro do contexto do trabalho sexual e do corpo da prostituta, que é ainda mais visto como objeto de prazer masculino, o desenrolar da performance representa da prisão à libertação. O corpo é envolvido com fita e restringe os movimentos da mulher, e depois marcado com tinta vermelha nas regiões que são mais erotizadas (boca, seios, bunda e vagina).

O vermelho, cor constantemente associada à paixão e desejo, também é do sangue que pulsa no corpo de todas as mulheres (de carne, osso e sonho). A música da bateria ao redor convida à dança, que acontece aos poucos, até culminar na retirada das amarras pela personagem, que se liberta; e pode, finalmente, dançar.

Bruna Mello - Brasília /DF

Filha de coração de Sandra e Antonio, crescida em Campinas (SP) e residente em Brasília há quase 6 anos, Bruna é estudante de artes plásticas na UnB, desenhadora e pintora de guardanapos, telas e cadernos desde que se entende por gente. Meio bruxa e meio viciada em tecnologia, tem um pé na ciência da computação e na cura através das plantas e do espiritual. Ativista dedicada das causas negras, LGBT's, feministas; e vegetariana pelos animais. Já estagiou na escola de moradores de rua no centro do DF, em galerias de arte, na Comissão de Ética pública da Presidência da República, e teve uma porção de outros empregos. Dá aulas de desenho e foca suas pesquisas na relação entre as artes plásticas e o desenvolvimento emocional e social humano.

Kalor Pacheco - Camaragibe/PE

Suburbana e cosmopolita, Kalor Pacheco começou leitora mirim da diversa e enciclopédica biblioteca de sua avó, Dona Arlinda, para mais tarde se tornar jornalista, e dar pinotes e furos poéticos nas redações da capital pernambucana (entre elas, a Folha de Pernambuco e o Jornal do Commercio). Como roteirista de televisão, co-criou a série de animação infantil "Desenha, Bia" (2016, REC Produtores, incentivada pelo FSA da Ancine). Também é pesquisadora e ensaísta: co-autora do site "Orquestras de Pernambuco" (2016) e do e-book "PASSAGENS PERFORMANCES PROCESSOS" (2014, pela Outros Críticos, projeto de crítica cultural do qual faz parte). Prepara-se para atirar à linha de fogo, em 2017, seu quintal e a Casa de DonArlinda.

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