#TECNOLOGIAASERVICODAORGIA
Por Kalor Pacheco
A série de performances #tecnologiaaservicodaorgia, criada por Kalor Pacheco, é composta por quatro obras distintas, mas que conversam entre si, por se relacionar técnica, estética e eticamente com as quatro partes hiperssexualizadas no corpo feminino, em especial o das mulheres negras. Cada um dos trabalhos é transmitido ao vivo pela internet, via streaming, por meio de plataformas virtuais (redes sociais e sites para webcams de sexo).
Na ocasião da residência artística do Museu do Sexo das Putas, a performer realizou duas delas, a #1 (intitulada Tive Que Engolir/Engolir Porra Nem1a) e a de número #3 (batizada de Modos de Fazer Sabão). Enquanto a #1 foi realizada na madrugada do dia 06 de outubro de 2016, na Sauna e Cine Kratos, no Centro de BH, e transmitida no site Cam4; a outra, #3, foi apresentada numa tarde comum (11/10/2016) num dos quartos-banheiro do hotel Stylus, onde os residentes se hospedaram, e igualmente transmitida ao mundo, através do YouTube.
A artista também relatou cada uma das experiências, a interseção de seu próprio corpo e o das trabalhadoras do sexo, em texto publicado no grupo do Museu do Sexo das Putas no Facebook: (FOTOS NA GALERIA, em anexo)
Como work in progress, as performances #2 e #4 da série se darão no retorno da artista à cidade onde mora, Camaragibe / Recife / Pernambuco, contexto propulsor de muitas inquietações sobre transversalidade da caracterização da mulher-puta na sociedade: "mulher sozinha, sem marido, trabalhando ou não... é rapariga todo jeito".
Observação: as performances, #2 e #4, da série #tecnologiaaservicodaorgia poderão ser acessadas via streaming de qualquer lugar do mundo. As futuras transmissões via web serão divulgadas neste site e no grupo do Museu do Sexo das Putas no Facebook.
TECNOLOGIA01
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Kalor Pacheco - Camaragibe/PE
Suburbana e cosmopolita, Kalor Pacheco começou leitora mirim da diversa e enciclopédica biblioteca de sua avó, Dona Arlinda, para mais tarde se tornar jornalista, e dar pinotes e furos poéticos nas redações da capital pernambucana (entre elas, a Folha de Pernambuco e o Jornal do Commercio). Como roteirista de televisão, co-criou a série de animação infantil "Desenha, Bia" (2016, REC Produtores, incentivada pelo FSA da Ancine). Também é pesquisadora e ensaísta: co-autora do site "Orquestras de Pernambuco" (2016) e do e-book "PASSAGENS PERFORMANCES PROCESSOS" (2014, pela Outros Críticos, projeto de crítica cultural do qual faz parte). Prepara-se para atirar à linha de fogo, em 2017, seu quintal e a Casa de DonArlinda.